A matemática como arma asteca
Fonte: http://www.antiguidade.histosofia.com.br
A História Humana também é a história
da resistência de muitos povos contra os seus dominadores. Por vezes alguém
agiu como se a sua cultura, seu modo de vida, a sua “sabedoria” e o seu estilo
de vida fossem os únicos que realmente tinham algum valor, sendo que a cultura
do outro deveria, no mínimo, ser substituída pela cultura “superior” do “nobre
conquistador”.
Infelizmente isso ainda acontece
em nossos dias. Mas hoje aqui gostaria de apresentar um exemplo que mostra que em
muitos casos o conquistado está, no mínimo, em “igual” ou em melhor “condição”
de compreender a natureza que o cerca. É o caso da matemática asteca. Ela poderia
ter sido utilizada por este povo para enganar o conquistador com relação à
cobrança de impostos sobre a produção, mostrando, então, que ao menos neste
quesito o “conquistado” sabia “mais” que o “conquistador”. Leia a notícia
abaixo e saiba mais sobre como isso era possível.
Matemática, a arma secreta dos astecas
Pesquisas revelam que, para se defender da cobrança abusiva de
impostos pelos colonizadores, homens do período desenvolveram cálculos
avançados.
No México do século XVI os astecas se defenderam da cobrança abusiva de
impostos graças a seus conhecimentos matemáticos. Essa é a conclusão a
que chegaram pesquisadores depois de analisar o censo de Tepetlaoxtoc,
documento produzido pelos mexicanos nativos conhecido também como códice
Vergara.
O censo apresenta um mapa detalhado de 386 unidades de produção agrícola
e o valor correspondente que os astecas deviam pagar aos
consquistadores espanhóis para cultivar essas terras. Especialistas em
matemática revisaram os cálculos registrados no documento e comprovaram
que eram bastante precisos, segundo artigo da pesquisadora Clara Garza
Hume, da Universidade Nacional Autônoma do México, publicado na revista
Science.
Segundo os pesquisadores, eram os raros os casos em que os primeiros
colonizadores conseguiam calcular as áreas cultivadas pelos astecas e os
espanhóis poderiam ter sido facilmente enganados pelos nativos, mas não
foi o que aconteceu
Por Heloísa Broggiato - Notícias - 30 de novembro de 2011 - em Historiaviva.com.br
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