quinta-feira, 10 de abril de 2014

Os cinco elementos do Poder na História

Política 16 séculos de supremacia


Os cinco elementos do Poder na História


Pólvora, vapor, petróleo, energia nuclear, Internet... Acompanhe uma breve reflexão sobre os divisores de águas na trajetória do homem em busca de poderio e capacidade de dominação... e o que nos reserva o futuro



Elemento número um: A PÓLVORA
Constituiu, no fim do século 5, a primeira revolução em tecnologia militar. Em 1494, o Rei da França, Charles VIII, de só 24 anos, invadiu a Itália com uma força relativamente pequena, de 27.000 soldados profissionais. Mas eles compensavam seu pequeno número com a novidade do equipamento que transportavam: armas de fogo.
Em apenas seis meses a campanha militar superou a resistência oferecida por castelos italianos supostamente indestrutíveis. Da mesma forma, foram varridos dos campos de batalha os toscos exércitos de camponeses formados nas regiões de Gênova, Florença, Roma e Nápoles. Grossas paredes de pedra – algumas milenares – desabaram ante o olhar atônito dos defensores, depois de atingidas por projeteis pesados. Bêstas e armaduras e aperfeiçoadas durante décadas na Era Medieval, deixaram, instantâneamente, de representar a modernidade no enfrentamento humano.
A ferocidade e o treinamento do corpo expedicionário francês revelaram-se decisivos quando combinados à potência da artilharia rudimentar. Mas a chamada Idade da Pólvora não mudou somente as relações humanas no campo de batalha. Ela também alterou, e de maneira significativa, a forma de negociação entre diplomatas e governantes.

Elemento número dois: O VAPOR
Entre o fim do século 18 e a primeira metade do século 19, a máquina a vapor passou por milhares de experimentos, antes que seu funcionamento pudesse ser considerado como verdadeiramente revolucionário. Ela produzia a transformação de energia térmica em energia mecânica, por meio da expansão do vapor de água. A pressão adquirida pelo vapor deslocava êmbolos que permitiam, por exemplo, o movimento das rodas de potentes locomotivas.
O desenvolvimento dessa pesquisa logo apontou para outras perspectivas: a transformação da energia térmica em energia cinética, ou energia de movimento, em imensas turbinas que impulsionavam geradores elétricos e gigantescos transatlânticos. No século 20, bombas, bate-estacas e muitas outras máquinas passaram a ser comandadas por máquinas a vapor.
A pesquisa acerca da aplicabilidade da máquina a vapor contribuiu decisivamente para a expansão da indústria moderna. Até então, muitas tarefas eram executadas na dependência exclusiva da potência dos músculos dos operários, da energia animal, ou das facilidades proporcionadas pelo vento e pela água.
Entretanto, uma única máquina a vapor realizava o trabalho de centenas de cavalos. E também fornecia a energia necessária para acionar todas as máquinas de uma fábrica. A locomotiva a vapor era capaz de deslocar cargas pesadas a grandes distância em um único dia.
Entre 1866 e 1905, a difusão dessa forma de se obter energia pelo vapor alterou, profundamente, o panorama mundial dos transportes, especialmente os que facilitavam a ligação entre os continentes. A utilidade dos mecanismos a vapor também foi logo aplicada a certas armas de guerra – como os grandes navios de batalha. Dessa maneira, a descoberta da função a vapor pode ser considerada como o elemento-chave da segunda revolução da tecnologia militar no planeta.
Mas a máquina a vapor será especialmente útil aos Estados dotados de certa elite intelectual. Ela servirá para dinamizar o comércio, as comunicações, e, em razão de sua extraordinária versatilidade, influenciará até mesmo os segmentos produtivos que nada têm a ver com a Política – mas são decisivos para o aquecimento da economia interna (e do emprego) –, como o do vestuário.
O recurso do vapor criará uma nova faixa de status social. Algo que irá agudizar a diferença entre sociedades progressistas e arcaicas, entre potências de “primeira e de segunda classes”.


Elemento número três: O PETRÓLEO
Nos anos de 1930, os aplicativos da indústria petroquímica permitiram a consolidação de uma importante mudança qualitativa nos sistemas de transporte – cuja eficiência pelo surgimento dos motores de combustão interna foi acentuada – e de armamentos, antes dependentes de mecanismos a vapor.
A mecanização dos exércitos europeus logo abriu um fosso em relação às forças militares das chamadas “potências de segunda ordem”. Carros protegidos por grossas chapas de metal – precursores dos modernos veículos blindados –, navios que navegavam sob as ondas, chamados inicialmente de submersíveis – e aviões de ataque, modificaram o panorama das manobras de guerra.
Ficaram para trás os problemas de mobilidade no campo de batalha. Em fins de 1939 torna-se evidente que a indústria bélica e as empresas petrolíferas tendem a seguir juntas, gerando empregos e novas plataformas de negócios, de alcance até então desconhecido – as chamadas operações “multinacionais”.
A raça humana torna-se, rapídamente, dependente dos produtos advindos do petróleo, e das atividades de um seleto grupo de 13 conglomerados gigantes do setor petroquímico, fortemente ligados a instituições financeiras de primeiro nível. Em pouco tempo esses grandes grupos estarão controlando os mercados internacionais e as políticas de trabalho de 90% da superfície habitada do planeta.


Elemento número quatro: A ENERGIA NUCLEAR
O instrumento mais revolucionário e letal do poderio humano surge da violência brutal que desaba, em 1945, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, na forma de duas “bombas atômicas”. Os relatos beiram a ficção: vítimas que, simplesmente, evaporaram, devido à virulência da explosão...
As detonações anunciaram, ademais, o fim de quase mil anos de supremacia militar europeia sobre o chamado mundo civilizado. Com a reação dos soviéticos, Moscou logo estabeleceu uma rivalidade com Washington no campo da disputa pela hegemonia mundial.
Sob a chamada Guerra Fria, a ciência estabeleceu outros usos para a energia nuclear, como a geração de energia (supostamente) “limpa”, e a propulsão de grandes navios cargueiros, destinados a agilizar o intercâmbio de mercadorias – um meio de transporte que revelou-se muito menos utilizável, por seus riscos operacionais, do que se imaginava.
Está claro: o controle da energia nuclear depende de procedimentos de manipulação extremamente exigentes – e esse grau de exigência nem sempre pode ser atentido pelo homem e suas corporações.
Nos últimos 50 anos, dezenas de incidentes e acidentes evidenciaram, por exemplo, os problemas de refrigeração dos reatores nucleares fincados em terra para a produção de energia elétrica.
Atualmente, até mesmo os submarinos nucleares vêm tendo o seu uso questionado pelos estrategistas navais. Estes especialistas asseguram: os submersíveis de propulsão diesel-elétrica, que podem desligar seus motores e adotar uma condição de silêncio completo no fundo dos oceanos, são rivais à altura dos mais avançados navios nucleares que singram as profundezas.


Elemento número cinco: A INTERNET
A rede internacional de computadores foi aproveitada como instrumento do Poder Militar pela primeira vez em 1991, após a invasão relâmpago do Kuwait por forças iraquianas.
Os computadores agilizaram de maneira inacreditável tanto o processamento de informações captadas por satélites artificiais em órbita da Terra, como as comunicações que passavam pelos links que esses engenhos estabeleciam na estratosfera.
Mas a Internet também facilitou o surgimento das chamadas “ameaças assimétricas”, isto é, os ataques conduzidos por operadores solitários ou de pequeno porte, contra inimigos de muito maior poderio e estrutura, cujas atividades na web ainda parecem estar relativamente desprotegidas.
A rede mundial permite agora que um agressor detecte, alcance e destrua bens armazenados de forma virtual, de dia e à noite, o ano inteiro, a muitos milhares de quilômetros de distância. O condutor da ofensiva pode empreender a ação de uma situação muito confortável e segura. Bancos de dados de grandes conglomerados industriais, de instituições bancárias e até de organismos de alta segurança – como o Pentágono (edifício-sede do Departamento de Defesa dos EUA) e da CIA (a Agência Central de Inteligência americana) constituem, ainda hoje, alvos em potencial. Sistemas de armas e de segurança nacional precisam ser rapidamente reorientados para entrarem em sintonia com a nova doutrina de guerra do século 21...
A revolução proporcionada pelos chips de computador é tão ampla, que apenas um “míssil inteligente” – dirigido por satélite – pode fazer o trabalho de destruição que, há (somente) 10 anos, exigiria o empenho de 810 homens e 54 armas de artilharia, operando por três dias consecutivos.
Nos gabinetes de líderes das grandes potências mundiais, desde o mês de dezembro de 2002, o uso de armas robotizadas e a laser, além dos ataques a computadores em redes financeiras e sites governamentais da web vêm sendo considerados instrumentos de Poder de última geração.

Fonte:http://psiquecienciaevida.uol.com.br/

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Final do Império no Brasil

Final do Império no Brasil


  A estrutura agroexportadora do Brasil, tinha por base a mão-de-obra escrava. As transformações provocadas pela modernização dos mercados internacionais tornavam essa forma de trabalho improdutiva e pouco lucrativa para um mercado mais dinâmico.
Muitas vezes, a escravidão já havia sido criticada. A abolição era um dos objetivos da Revolução dos Alfaiates de Salvador, em 1798. No entanto, no interior das classes dominantes havia considerável resistência à ideia de por fim a essa forma de trabalho.
  No início da década de 1850, diante das pressões inglesas, efetuou-se a extinção do tráfico negreiro. Em longo prazo, tonava-se impossível repor os trabalhadores negros.   Em outras palavras, a escravidão tendia a morrer.
  A dificuldade de conseguir novos escravos teve como conseqüência o aumento dos preços dos trabalhadores negros no mercado. A ideia da implantação do trabalho livre aumentou, principalmente na década de 1870, entre os cafeicultores da região Centro-Sul.
 A implantação da mão-de-obra livre significava, para os modernos setores da cafeicultura paulista, a dinamização de suas atividades e o conseqüenteaumento dos lucros. Ao mesmo tempo, se comparada ao trabalho livre, a escravidão tornava-se cada vez menos produtiva e lucrativa.
 Ainda assim, os grandes cafeicultores da região fluminense e do Vale do Paraíba mantinham-se intransigentes diante das novas formas de mão-de-obra. Essa velha aristocracia do café sustentava a política imperial de D. Pedro II.
A modernização do país não refletia na vida dos escravos, que continuava a mesma. Duras jornadas de trabalho exauriam as forças dos negros. O sistema repressivo continuava a sobreviver para manter os escravos em estado deterror e impedir rebeliões e fugas. Os escravos resistiam como podiam. Revoltas estouravam, mas eram controladas.
Ocorriam fugas, mas nunca de forma a destruir a escravidão como um todo, Foi sob essas condições que o movimento contra a escravidão tomou impulso.

A luta pela abolição

 Por volta de 1870, já se falava abertamente no fim  da escravidão. Intelectuais, profissionais liberais, funcionários e comerciantes organizavam-se para discutir as formas de se pressionar o Estado com uma campanha abolicionista.
 No entanto, foi no interior da baixa oficialidade do Exército que o movimento abolicionista ganhou mais força depois da Guerra do Paraguai.
 Os soldados brasileiros lutaram lado a lado com os soldados argentinos e uruguaios, que eram republicanos e seus países haviam abolido a escravidão. Defender essa forma de trabalho e o sistema imperial tornava-se difícil para os soldados do Exército brasileiro.
 O Exército tornava-se, assim, uma das principais bases na luta contra a escravidão. Os soldados negros que haviam lutado na guerra tinham recebido apromessa de ser alforriados depois do conflito. Quando voltaram, encontraram muitos de seus parentes submetidos aos castigos e humilhações, próprios da escravidão.
 As tensões entre o Exército e os políticos aumentaram porque muitos fazendeiros retrógrados (antiquados) queriam que os soldados negros voltassem à condição de escravos. Os oficiais se recusaram a desempenhar o papel de capitão-do-mato na captura dos negros fugidos. Esses atritos entre o Exército e o Império acabaram desencadeando, as chamadas "questões militares".
 Nos meios intelectuais do país, crescia o sentimento abolicionista. Organizavam-se grupos para discutir a questão. Enquanto o movimento ganhava certa força, a crise política se acentuava, pois havia um violento conflito entre conservadores e liberais que causava a instabilidade dos gabinetes (ministérios).
  Com o claro objetivo de diminuir as tensões e desviar as atenções, o governo imperial iniciou pálidas reformas para diminuir gradativamente a escravidão.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

Fonte:http://histoblogsu.blogspot.com.br/

terça-feira, 1 de abril de 2014

Dica do dia.

Traga de volta as lembranças e a História da sua família através do site: https://familysearch.org/


Historiador francês Jacques Le Goff.


Nascimento: 1º de Janeiro de 1924

Falecimento: 1º de Abril de 2014

Morre aos 90 anos o historiador francês Jacques Le Goff


Morre aos 90 anos o historiador francês Jacques Le  Goff


Fonte:http://g1.globo.com


Le Goff foi um dos idealizadores da corrente 'Nova História'.
Historiador era especializado em Idade Média.


  O historiador francês especializado na Idade Média Jacques Le Goff, um dos idealizadores da corrente conhecida como "Nova História", faleceu nesta terça-feira (1) em Paris aos 90 anos.
  Le Goff dedicou boa parte de sua longa carreira à antropologia medieval, disciplina que enriqueceu ao abordar todos os aspectos da vida em sociedade.
  Dentro da tradição dos grandes historiadores franceses, não hesitava em sair de sua especialidade para opinar sobre temas da atualidade.
  Nascido em 1º de janeiro de 1924, este brilhante historiador sucedeu em 1972 Fernand Braudel na direção da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais.
  A partir dos anos 70 foi um dos pais do movimento "Nova História", com uma reflexão sobre a profissão do historiador em ensaios como "Faire de l'histoire" (1986, Fazer História, com Pierre Nora) ou "Histoire et mémoire" (História e memória, 1988).

segunda-feira, 31 de março de 2014

Dica de livro.



Sinopse

História Concisa do BrasilBoris Fausto escreve este livro a partir da convicção de que o conhecimento da história pode chegar a públicos amplos, desde que escrita em linguagem acessível e sem perda da qualidade crítica.
Em "História do Brasil", o historiador e escritor de inúmeros livros e artigos de história deixa acessíveis as linhas de força principais da história brasileira. De forma sintética, mas sem o caráter de resumo, a obra atinge o objetivo de passar o conhecimento de forma densa, ao mesmo tempo em que apresenta dados estatísticos atualizados e um balanço de anos recentes em sua conclusão.

Que País é Esse (Legião Urbana)